A frase "nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia" é muito filosófica e me lembra um filósofo, não me recordo o nome dele agora, que afirmou que as águas do rio nunca são as mesmas. Será que foi um filósofo ou um escritor? Bem, isso não interessa. O que importa é o Lulu. Porque "tudo passa, tudo sempre passará". Ele já passou, mudou e parece que sempre passará. Na verdade, o Lulu envelheceu, mas a sua música continua igualzinha, ela não passou e parece que não passará. Está onde não tem fim, permanece igual há mais de vinte anos e não apresenta graça quando tentam mudá-la.
Sempre que a escuto, penso: Quem envelheceu, o Lulu, a melodia ou eu? Como "a vida vem em ondas", porque "tudo que se vê não é igual ao que a gente viu há um segundo". Envelhecer significa ouvir, ver e sentir a vida de formas diferentes. Envelhecer ocasiona marcas em tudo e todos. As rugas das ondas vividas são eternas e ficam tatuadas na alma. Assim sendo, "não adianta fugir, nem mentir pra si mesmo", pois "tudo muda o tempo todo no mundo". Mesmo com "tanta vida lá fora, aqui dentro" você, eu e o mundo morremos diariamente "como uma onda no mar". Mas, a certeza da morte diária nunca é sentida como uma onda, mas como um tsunami de emoções que foram transcritas na letra desta canção.
Desejo a todos um 2010 cheio de ondas !!!
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